TERMINA NESTA SEXTA-FEIRA VIGÊNCIA DO ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA EM MINAS GERAIS
Termina nesta sexta-feira (31) a vigência do estado de calamidade pública em Minas Gerais por causa da pandemia da ...
Caso foi encaminhado à Delegacia de Plantão de Betim Foto Foto: Nelson Batista/Arquivo
CORPO DE HOMEM É ENCONTRADO CONCRETADO EM CAIXA DE GORDURA EM PRÉDIO DE IGARAPÉ
Uma denúncia anônima pôs fim a busca, e deu início a uma dor sem precedentes no coração da dona de casa, Juliana Abreu, de 45 anos.Ela procurou exaustivamente pelo paradeiro do filho de 20 anos, que estava sumido há exatos 46 dias. No entanto, o rapaz nunca saiu do prédio onde morava com a família, no bairro Miriti, em Igarapé, na região metropolitana de Belo Horizonte. O corpo dele foi encontrado na noite da última segunda-feira (20), concretado na caixa de gordura do prédio.
De acordo com a Polícia Militar, parentes e vizinhos da vítima acreditam que o crime teria sido motivado por ciúmes. Um casal conhecido da vítima é o principal suspeito de ter cometido o assassinato. A mulher inclusive, mora no mesmo condomínio da vítima e teve todos os móveis do apartamento dela queimados pelos moradores do prédio, que estavam indignados com o caso. O casal suspeito foi levado para delegacia de Plantão da Polícia Civil de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. A polícia ainda investiga a dinâmica do crime.
"Procurei meu filho por todos os lados.Fui em Belo Horizonte, em casas de amigos que nem sabia que ele tinha, fui até a delegacia pedir ajuda para encontrar meu menino, e ele estava o tempo todo na nossa caixa de gordura", disse transtornada a mãe do rapaz.
O irmão da vítima, Alex Abreu, de 19 anos, foi quem reconheceu o corpo do irmão, que segundo a polícia, estava em avançado estado de decomposição. "O familiar reconheceu a vítima pelas roupas que vestia. O corpo do rapaz estava irreconhecível, no momento da remoção, algumas partes do corpo estavam se soltando", detalhou o capitão da PM de Igarapé, que acompanhou a ocorrência, Amilcar.
TRIÂNGULO AMOROSO PODE TER MOTIVADO O CRIME
À reportagem Abreu,contou que acredita que o irmão foi morto por ciúmes, uma vez que a vítima estava tendo um relacionamento com a ex- mulher, de 34 anos, de um suposto colega dele, um rapaz de 19 anos.
"Meu irmão estava saindo com essa mulher, que era ex do colega dele.Ela mora aqui no prédio. O cara não gostou de ficar sabendo do envolvimento dos dois. Acho que os dois se juntaram para matar meu irmão. Os dois foram os únicos que foram vistos com cimento aqui no prédio. E meu irmão foi concretado", contou o irmão da vítima.
Fontes ligadas a investigação que preferiram o anonimato, disseram à reportagem que a versão do irmão da vítima pode estar correta. "A vítima era bissexual e estava tendo um envolvimento íntimo com a ex-companheira de um suposto colega dele. Inconformado com o relacionamento, esse colega pode ter matado a vítima com o auxílio da até então ex-companheira", disse.
IRMÃO TENTOU MATAR POSSÍVEL ASSASSINO
De acordo com a Polícia Militar, no local, muitas pessoas se aglomeraram para acompanhar o caso. Por causa disso, o irmão da vítima teria saído do endereço sem ser visto com mais dois moradores.
Segundo uma testemunha, ele se dirigiu ao bairro Canarinho, na casa do possível assassino do irmão, um homem de 22 anos, e o chamou. O irmão da vítima apontou uma arma para o suspeito, puxou o gatilho, mas a arma falhou.
Nesse momento, a mulher, companheira do suspeito e com quem a vítima teria tido um caso, apareceu na porta da residência gritando para que namorado fugisse. O suspeito do homicídio ainda esfaqueou um dos acompanhantes do irmão, um jovem de 19 anos, e fugiu do lugar.
O jovem foi encaminhado até à UPA de Igarapé, onde foram constatados cortes de faca no pescoço e no braço esquerdo. Ele relatou aos militares que é muito amigo do irmão da vítima, mas que não sabia que ele estava armado.
Disse ainda que o suspeito do crime o esfaqueou primeiro e, que, depois disso, o amigo teria tentado acertar com uma bala. Ele foi preso por tentativa de homicídio.
MULHER FOI PRESA AO SE ENTREGAR
A mulher envolvida no caso se apresentou à Polícia Militar por temer ser morta, uma vez que, segundo ela, o irmão da vítima e os colegas dele a haviam ameaçado. Vizinhos relataram á polícia que a mulher pode ter ajudado a encobrir o corpo. Por causa disso, eles atearam fogo em todos os móveis que estavam no apartamento da mulher.
PERÍCIA
O corpo do rapaz foi encaminhado para o Instituto Médio Legal (IML) de Belo Horizonte. A Polícia Civil não soube precisar a causa da morte devido ao avançado estado de decomposição. Entretanto, fontes ligadas a investigação contaram à reportagem que a vítima pode ter sofrido uma morte violenta. "Existia fraturas na região do crânio que podem ter sido feitos com golpes de martelo, no corpo existia escoriações e marcas de possíveis golpes de faca", disse uma fonte que preferiu o anonimato.
INVESTIGAÇÃO CONTINUA
Fontes ligadas a investigação disseram à reportagem que o crime está sendo investigado. Umas das hipóteses é que a vítima tenha sido morta dentro do próprio apartamento. E o corpo tenha sido carregado até a caixa de gordura, onde ele foi concretado. "O mais intrigante é que ninguém viu nem ouviu nada. Nem mal cheiro vindo da caixa de gordura ninguém sentiu. Ainda estamos investigando a dinâmica dessa morte intrigante e bárbara", disse um fonte que preferiu o anonimato.
SUSPEITOS SÃO OUVIDOS E SOLTOS
A Polícia Civil informou que o casal suspeito em ter cometido o crime foi encaminhado à delegacia de Polícia Civil de Plantão, em Betim. Eles foram ouvidos e liberados, "por não haver elementos suficientes para a ratificação da prisão em flagrante, " pontuou a nota.
Com informações do jornal O Tempo
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