Pessoas fazem fila para fazer testes grátis de coronavírus em Washington, um dos locais mais afetados do país pelo avanço da Ômicron. Foto: Anna Money
EUA BATEM RECORDE DA PANDEMIA, COM MAIS DE 260 MIL CASOS DE COVID POR DIA
O recorde de casos diários de coronavírus foi quebrado na terça-feira nos Estados Unidos, com a convivência de duas variantes altamente contagiosas — a Delta e a Ômicron. Com o terceiro ano da pandemia se aproximando, a média móvel de novas infecções no país passou de 265 mil, de acordo com o site Our World in Data, da Universidade de Oxford. As mortes também cresceram, mas a média diária em torno de 1.500 por dia é menor que o recorde de 3.400 registrado em janeiro deste ano.
Na Europa, países como França, Espanha, Portugal, Itália, Reino Unido, Dinamarca e Grécia também registraram recordes de novos casos nesta semana, atribuídos ao avanço da Ômicron, identificada pela primeira vez na África do Sul, no final de novembro.
A situação na Europa e nos EUA levou o número de novos casos em todo o mundo a passar de 1 milhão pelo segundo dia consecutivo na terça-feira, com uma média móvel de sete dias que ultrapassou 900 mil infecções diárias. O recorde mundial anterior ocorreu em abril, com média de 826 mil novos casos diários.
— Estou muito preocupado porque a Ômicron, sendo altamente transmissível e se disseminando ao mesmo tempo em que a Delta, está levando a uma tsunami de casos — disse o diretor da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom. — Isso está colocando e continuará a exercer uma pressão imensa sobre os profissionais de saúde exaustos, e os sistemas de saúde estão à beira de um colapso.
Nos EUA, o recorde anterior de casos diários foi registrado em 11 de janeiro, quando a média de sete dias era de 251.232 novas infecções, durante um inverno catastrófico muito pior do que o atual, quando mais de 62% dos americanos estão totalmente vacinados. As primeiras evidências indicam que a nova variante causa sintomas mais leves do que anteriores, com doses de reforço ajudando a prevenir formas graves da da Covid-19 e mortes.
Embora as hospitalizações tenham aumentado nos EUA, com média de mais de 71 mil por dia, elas permanecem em número muito abaixo dos níveis máximos registrados no começo do ano. Mesmo assim, um aumento do número de pacientes ameaça sobrecarregar hospitais, enquanto os próprios profissionais de saúde estão cada vez sendo mais infectados.
A rápida disseminação da nova variante também aumenta a escassez de mão de obra, afetando os setores médicos, farmacêuticos e de turismo, entre outros.
Apesar do avanço da Ômicron, um número considerável de pacientes nos EUA permanece infectado com a variante Delta, que é mais mortal. Na terça, o CDC relatou que os casos de Ômicron representam uma porcentagem menor do que o esperado, de cerca de 59%. E para a semana encerrada em 18 de dezembro, a agência revisou para baixo sua estimativa de 73% de casos com a nova variante, para cerca de 23%.
Com informações do portal g1