Indústria de transformação sustentou alta do PIB no segundo trimestre. Foto: Pixabay / Reprodução
PIB DE MINAS AVANÇA 1,8%, IMPULSIONADO PELA INDÚSTRIA
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais superou o do PIB brasileiro no segundo trimestre deste ano, segundo dados da Fundação João Pinheiro (FJP). Enquanto a economia brasileira teve uma retração de 0,1%, a mineira cresceu 1,8%, em comparação ao primeiro trimestre deste ano, quando apresentou resultados inferiores aos nacionais. O Estado teve um PIB estimado de R$206,1 bilhões, fatia de 9,6% do PIB brasileiro no trimestre.
O crescimento mineiro é impulsionado especialmente pela indústria, que teve um aumento de contribuição à economia mineira de 4,6%. Segundo o pesquisador da FJP Raimundo Sousa, a indústria sidero-metalúrgica foi a principal responsável pelo avanço na indústria da transformação. “Em segundo lugar, está a produção de celulose, em parte porque a base de comparação foi favorecida, devido à menor produção no trimestre passado. Em terceiro, a produção da nossa indústria química, em que vale destacar a produção de fertilizantes para o nosso agronegócio. Em quarto, vem a fabricação de bebidas, que também teve expansão expressiva”, detalha.
Já o desempenho da agropecuária mineira piorou no segundo trimestre, em relação ao primeiro, e ficou abaixo dos números nacionais, sofrendo retração de 3,2%. “A safra do café foi determinante para a queda em Minas e no país. Ela tem um um peso muito grande na pauta agrícola e a queda em Minas foi até mais acentuada que no Brasil, chegando a 30,9%. Toda essa questão de falta de chuvas, combinada à geadas no Sul e à bianuidade da safra, que foi baixa neste ano, ajudam a entender o resultado agropecuário negativo”, explica o pesquisador da FJP Thiago Almeida.
O setor de “outros serviços”, que inclui alojamento e alimentação, atividades profissionais e serviços de informação e comunicação, por exemplo, também teve um crescimento maior em Minas do que o Brasil - 1,1%, comparado a 0,9%. O êxito do segmento, de acordo com o pesquisador da FJP Raimundo Sousa, relaciona-se especialmente ao setor imobiliário.
Com informações do jornal O Tempo