Capivaras são comuns no entorno da lagoa próximo à sede da Prefeitura de Itaúna (foto: Prefeitura de Itaúna/Divulgação )
FEBRE MACULOSA MATA HOMEM DE 33 ANOS EM MINAS
Um homem de 33 anos de idade faleceu vítima da febre maculosa em Itaúna, cidade da Região Centro Oeste de Minas Gerais, localizada a 80 km de Belo Horizonte.
A morte ocorreu em 28 de abril, no Hospital Manoel Gonçalves, em Itaúna, apenas um dia depois da internação do paciente. Os primeiros sintomas da doença apareceram cinco dias antes, no dia 23, de acordo com a Secretaria de Saúde do município.
Capivaras, que são os principais hospedeiros do carrapato-estrela, transmissor da doença, são comuns em vários pontos de Itaúna.
Os animais são vistos, inclusive, em dois dos cartões postais da cidade – no lago próximo à nova sede da Prefeitura Municipal e na Barragem do Benfica, na zona rural. Além disso, são vistos também às margens do Rio São João, que corta a cidade.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, durante o ano já é feita a dedetização de locais públicos para combate ao carrapato-estrela, como no entorno da lagoa próxima à sede da prefeitura, no Bairro Boulevard Lago Sul.
Agora, com o período onde é mais propensa a proliferação do carrapato, a dedetização será intensificada.
FEBRE MACULOSA
A febre maculosa é transmitida ao homem pelo carrapato-estrela, que, contaminado pela bactéria Rickettsia rickettsii, pica o ser humano e, por meio do sangramento, ataca cérebro, pulmões, coração, fígado, baço, pâncreas e tubo digestivo (veja infográfico abaixo).
Estudos mostram que as larvas deste artrópode também podem fazer a transmissão, acreditando-se que ocorra por contato direto entre seis e 10 horas entre as partes.
Os meses entre junho e outubro são mais propícios ao aparecimento da doença. Dentre os principais sintomas estão:
Febre acima de 39ºC e calafrios
Dores intensas de cabeça
Conjuntivites
Náuseas e vômitos
Diarreia e dores abdominais
Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés
Gangrena nos dedos e orelhas
Dores musculares constantes
Insônia e dificuldade para descansar
Paralisia dos membros (das pernas aos pulmões, causando parada respiratória)
Os sintomas aparecem entre dois dias e duas semanas, e o paciente deve buscar ajuda médica em caso de suspeita de contágio.
O diagnóstico ocorre, principalmente, por exames de hemograma e/ou enzimas, sendo seu tratamento inicial e posterior por meio de antibióticos, evitando complicações graves, inflamação do cérebro, paralisia, insuficiência respiratória ou renal, o que agrava o quadro clínico de uma pessoa infectada.
A prevenção se dá pelo uso de roupas mais compridas, repelentes contra insetos, limpeza de jardins e gramados, higienização de animais, dentre outros.
Com informações do Estado de Minas